#80. se tudo é genial, como vamos saber se algo incrível surgir? resenha do livro 'o que é meu'. três dicas de newsletters. tratado de tordesilhas no tiktok: tudo pra mim.
Quando você comentou que a gente anda tendo síndrome de Standhal pra tudo, eu fiquei pensando o quanto essa linguagem de hipérbole é uma necessidade performática num mundo dominado por propaganda. E a frustração que vem disso tá embutida nessa sensação permanente de não se encaixar: se não senti nem percebi tudo isso, o que tem de errado comigo? As vezes a gente esquece que o estranho também tá lá fora. (Ps: agora não tô mais no tuiter e amei especialmente mais a sua curadoria. Fãs de marca, çocorro 🤭)
Sabe que sinto muito essa sensação de necessidade de sentir MUITO vinda lá do tiktok, onde qualquer coisa vira, na edição, algo muito extraordinário. Sinto que, pra gente que assiste, vai ficando uma tentativa de sentir grandes coisas a qualquer momento do dia. E bem, o tédio é bem importante né mia amiga Luciana? Amei a news <3
Quero ser líder de nada, quero escrever meus livrinhos em paz e ter uma galera que goste de me ler. Liderança foi o maior engodo que me fizeram engolir como boa característica pra entrevista de emprego, só me fez ser tageada de petulante e me rendeu um assédio moral 🫠 adenia Chloe minha religião, repito toda vez que ela aparece 💗
Eu escrevo textos animados e cheios de superlativos para as redes sociais da empresa que trabalho enquanto falo pra minha amiga de sala que odeio gente feliz demais. Coisas da vida né.
Já tava amando tanto essa edição, daí cheguei no final e vi meu texto sendo citado, amei mais ainda, hahaha. (Porém agora estou tomada por uma grande curiosidade pra saber qual era o livro pungente e visceral que todo mundo gostou e você não. Tenho suspeitas 👀)
Demorei pra chegar nesta edição, mas adorei a reflexão... sou bem dessas de achar ok, gostar, mas tão difícil de me deslumbrar mesmo. Me identifiquei com a questão do livro hype que todo mundo falou mil maravilhas e eu fui ler e... ah era isso?! Não sei se é o mesmo, mas o que eu li (com uma narrativa entre o picante e o drama sem fim) achei, sim, bem escrito, mas nada que me “atravessasse” tanto assim, pra falar uma palavra da moda hahaha... adorei essa também... tenho visto isso, agora tudo é atravessar e tudo é no corpo! Dá pra cansar.
Lembrei de um vídeo do Ariano Suassuna, bem no sentido da sua crônica, em que dizia, mais ou menos, que as pessoas "adoravam" ou se "deslumbravam" com qualquer coisa hoje em dia e ele dizia (mais ou menos nesse sentido): se eu gastar a palavra "maravilhoso" com uma música qualquer, o que vou usar quando ouvir um Vivaldi?
"quem não sente ou compactua desse excesso fica meio deslocado junto com os demais aquarianos na sala" esse comentário explicou muita coisa na minha vida...rsrs sempre a Aquariana no cantinho da sala achando tudo demasiadamente exagerado, uma panelinha sem garantia de qualidade de nada, só baseado no conheço fulano mesmo e quem não acha demais, é chato ou invejoso. Cansativo o negócio....
Adoro a vibe tacar fogo em tudo dos franceses! Até procurei um vídeo que vi no Twitter, mas já sumiu - dois casais calmamente sentando num café enquanto o pau comia solto a tipo 3 metros de distância na noite parisiense. Tá aí um mood.
o excesso dos superlativos - eu acho que dava para escrever um tratado sobre essa tendência nos últimos anos. eu noto isso muito nos americanos, onde tudo é super duper ultra qualquer coisa, me sinto deslocada nisso (inclusive perdi tudo quanod vc fala para se juntar aos aquarianos na sala, sendo eu aquariana haha).
adorei a resenha do livro, já fui atrás do meu. obrigada!
É aquilo que o Pessoa já vem nos dizendo, né?: "Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?" Adorei esta edição!
pensei no pessoa também. :)
Quando você comentou que a gente anda tendo síndrome de Standhal pra tudo, eu fiquei pensando o quanto essa linguagem de hipérbole é uma necessidade performática num mundo dominado por propaganda. E a frustração que vem disso tá embutida nessa sensação permanente de não se encaixar: se não senti nem percebi tudo isso, o que tem de errado comigo? As vezes a gente esquece que o estranho também tá lá fora. (Ps: agora não tô mais no tuiter e amei especialmente mais a sua curadoria. Fãs de marca, çocorro 🤭)
Sabe que sinto muito essa sensação de necessidade de sentir MUITO vinda lá do tiktok, onde qualquer coisa vira, na edição, algo muito extraordinário. Sinto que, pra gente que assiste, vai ficando uma tentativa de sentir grandes coisas a qualquer momento do dia. E bem, o tédio é bem importante né mia amiga Luciana? Amei a news <3
Quero ser líder de nada, quero escrever meus livrinhos em paz e ter uma galera que goste de me ler. Liderança foi o maior engodo que me fizeram engolir como boa característica pra entrevista de emprego, só me fez ser tageada de petulante e me rendeu um assédio moral 🫠 adenia Chloe minha religião, repito toda vez que ela aparece 💗
Eu escrevo textos animados e cheios de superlativos para as redes sociais da empresa que trabalho enquanto falo pra minha amiga de sala que odeio gente feliz demais. Coisas da vida né.
Adoro como seus textos traduzem o que eu sinto .
ri e concordei
Já tava amando tanto essa edição, daí cheguei no final e vi meu texto sendo citado, amei mais ainda, hahaha. (Porém agora estou tomada por uma grande curiosidade pra saber qual era o livro pungente e visceral que todo mundo gostou e você não. Tenho suspeitas 👀)
Demorei pra chegar nesta edição, mas adorei a reflexão... sou bem dessas de achar ok, gostar, mas tão difícil de me deslumbrar mesmo. Me identifiquei com a questão do livro hype que todo mundo falou mil maravilhas e eu fui ler e... ah era isso?! Não sei se é o mesmo, mas o que eu li (com uma narrativa entre o picante e o drama sem fim) achei, sim, bem escrito, mas nada que me “atravessasse” tanto assim, pra falar uma palavra da moda hahaha... adorei essa também... tenho visto isso, agora tudo é atravessar e tudo é no corpo! Dá pra cansar.
Gostei. Pelo desejo e direito de ser mais "mais do mesmo"!
Lembrei de um vídeo do Ariano Suassuna, bem no sentido da sua crônica, em que dizia, mais ou menos, que as pessoas "adoravam" ou se "deslumbravam" com qualquer coisa hoje em dia e ele dizia (mais ou menos nesse sentido): se eu gastar a palavra "maravilhoso" com uma música qualquer, o que vou usar quando ouvir um Vivaldi?
"quem não sente ou compactua desse excesso fica meio deslocado junto com os demais aquarianos na sala" esse comentário explicou muita coisa na minha vida...rsrs sempre a Aquariana no cantinho da sala achando tudo demasiadamente exagerado, uma panelinha sem garantia de qualidade de nada, só baseado no conheço fulano mesmo e quem não acha demais, é chato ou invejoso. Cansativo o negócio....
Nossaaa, minha segunda foi tão corrida, que ler esse texto lindo, me acalmou lindamente. Obrigado simplesmente
Adoro a vibe tacar fogo em tudo dos franceses! Até procurei um vídeo que vi no Twitter, mas já sumiu - dois casais calmamente sentando num café enquanto o pau comia solto a tipo 3 metros de distância na noite parisiense. Tá aí um mood.
o excesso dos superlativos - eu acho que dava para escrever um tratado sobre essa tendência nos últimos anos. eu noto isso muito nos americanos, onde tudo é super duper ultra qualquer coisa, me sinto deslocada nisso (inclusive perdi tudo quanod vc fala para se juntar aos aquarianos na sala, sendo eu aquariana haha).
adorei a resenha do livro, já fui atrás do meu. obrigada!
minha nossa, como é bom te ler. sério!
Aff, amei sabe