Luci, que edição fenomenal. Também adoro o Sounds Like a Cult, amo essa reflexão de todas as nossas crenças não questionadas. E sinto muito pelo Igor, doloroso demais. Um abraço em você, amiga ❤️
brigadaaa, carol. muito obrigada pela leitura e pelo abraço <3
eu comecei a escutar recentemente o sounds like a cult e fiquei bem impressionada pelos temas escolhidos e pelas boas conversas lá - ainda não escutei muitos, mas já é suficiente pra eu querer ler o livro cultish. ai, eu na seita das seitas aqui ahahahaha
Acho que o que leva pessoas a serem capturadas por seitas tem alguns fatores de complexidade. Me chama muito atenção a característica majoritariamente branca de quase todas essas seitas que vc citou. Sinto que é algo a ser estudado, observado com cautela. Tô ouvindo o Podcast e o sentimento de eat the rich é muito forte, ainda com compaixão pelas violências sofridas... É papo pra mais de metro, me interesso bastante pelo fator psicológico da coisa, mas tbm acho importante localizar cada história no seu espaço tempo...
acho que você tocou num ponto essencial, essencial, que é o recorte de cor da pele e classe, assim como de espaço-tempo. afinal, é preciso aparentemente ter tempo e dinheiro para entrar em uma seita real, -largar tudo- pra fazer aula de arte. meu mixed feeling é imenso quando vou escutando o podcast, mas fico naquele esforço de não acabar transformando o algoz em herói, porque no limite acabamos nessa sinuca, além do aspecto da compaixão que você comentou. coisa que não sinto, por exemplo, em relação a bolsonaristas - zero consideração por aquela gente, que sejam vacinados e durmam naquele colchãozinho pavoroso no presidio pelos próximos anos.
Tenho verdadeiro pânico de seita e tudo que remeta a elas. E me assusta ver como, em proporções diferentes, claro, TUDO hoje pode virar e muitas vezes vira mesmo uma seita. Edição maravilhosa!
ai, ale, nem me fale. vejo esses movimentos proliferando e suponho que o tiktok consiga potencializar ainda mais (lembrando por exemplo da mulher da casa abandonada, dos livros que esgotam em segundos quando sobem com alguma hashtag e outras emoções intensificadas por lá). vendo como está hoje o brasil, confesso uma aflição em não enxergar soluções ou uma consciência coletiva para combater o que é destrutivo.
brigada demais pela leitura e pelo comentário! beijoss
muuuito obrigada pela leitura, van querida! é, eu acabei deixando meio que pro finalzinho essa pequena reflexão - quem sabe eu retome em outra edição - mas acho que esse pacto do autoengano é super co-responsável por muitas dessas experiências e tragédias ligadas a cultos em geral. beijossss <3
Artigo excelente, de verdade. Acho que a vontade de pertencimento é grande demais, e, dada essa oportunidade, a pelo permanecimento também cresce. Tem essa ilusão de ser entendido, acolhido, encontrar pessoas ~iguais~ a você. E, como agora você faz parte de um grupo, naturalmente precisa alimentar e proteger o grupo contra os ~outros~ que não entendem de verdade.
A maioria dessas seitas parecem enaltecer o que há de pior nas pessoas, o que faz voltar à realidade algo muito mais difícil.
muito obrigada pela leitura! concordo demais, inclusive essa parte de enaltecer o pior. vemos que muitas pessoas acabam compactuando e reproduzindo a violência que recebem, passando de seguidores a cúmplices. é um processo tão perverso quanto fascinante, a criação desse sistema. a isca que fez as pessoas entrarem não sustenta aquela permanencia e o engajamento, e a ilusão precisa se desdobrar de diversas formas bem concretas para manter esses cultos vivos.
Oi, Paula. Obrigada por esta edição maravilhosa... Olha, eu vivi durante dois anos e meio num ashram e foi muito interessante estar do outro lado: a de ser vista como alguém que largou tudo pra entrar numa seita. Acho que era o nome que davam quando não sabiam direito do que se tratava - meditacão, retiro etc. Do meu lado, nunca senti que estava numa seita... Será que é resultado da falta de perspectiva de quem está dentro? Me fez pensar. E adoro a sua abordagem de olhar pra este fenômeno do domingo passado a partir da lógica de seita. Mas enfim: também sou obcecada por este tema - você tem mais indicações pra gente? Um beijo e obrigada de novo
tentei ser cautelosa ao escrever sobre alguns temas como seitas porque nem todo grupo é um culto, afinal. evidentemente tem muitas comunidades do bem - até mesmo as newsletters eu considero como uma delas - e que trazem apoio, amizade, pertencimento. mas acho que a questão da perspectiva é importante para cada um entender até onde a coisa vai, né. e uma coisa que as seitas parece fazer é exatamente remover as perspectivas e os referenciais pra manter o poder.
Sensacional, Sarah! Eu tô há muito tempo numa seita chamada capitalismo, tem muita coisa que parece estranha, controversa, tortura, exploração, tá estranho, mas.... é, vou continuar.
Kkkk brincadeiras anparts, me lembrou muito o filme whiplash e a cultura que o mundo das artes é da criação em geral tem de que desenvolvimento vem do sofrimento. Sou arquiteta e muita coisa me bateu ali. Curiosíssima pros próximos episódios.
kkkkk lu! capitalismo é a GRANDE seita do mundo, maravilhosaaaa. a gente é muito sequestrado por ele e não enxerga outra vida, é muito bingo.
ótima lembrança mesmo, o filme. acho que tem várias áreas, dos esportes ou da dança, passando pela culinária e até o marketing e a cultura de coach, que elevam o sofrimento (muitos grupos trabalham até uma visão torta de estoicismo) como crescimento e algo necessário para dignificar as coisas.
estou tb curiosa pelos próximos eps, ainda que eu tenha certas ressalvas sobre a edição e os personagens hehe
O Freud tem um conceito de identidade - que é aquilo que a gente passa na adolescência de assumir um identidade de outro, tipo curtir uma banda e virar emo, punk, etc. E em detrimento de si mesmo vc toma para si um sistema de mundo que é diferente do seu. É isso que a gente vê nos bolsonaristas, não por acaso eles parecem fãs de banda pop adolescente fanáticos. Acontece que um dia a ficha cai e quando isso acontece pode ser doloroso.
brigada pelo comentário, sa! pois é, eu fico muito ali na linha tênue para não -criminalizar- todos os grupos que se organizam, porque obvio que nem tudo é seita. mas sim, alguns fanatismos, como por times de futebol e o próprio bolsonarismo, causam violência e isso pode ser o limite. porém tenho observado pequenos comportamentos de seita em áreas meio inesperadas pra mim, o que me intriga e é algo que certamente o tiktok vai potencializar em outro nível.
Olá, minha xará! Chegando aqui agora e já vou pegar meu banquinho para ficar. Leitura deliciosa e temas que rendem pano para a manga. Parabéns e sucesso!
Belissima edição. Sou super curiosa com isso também, com como as pessoas acreditam em certos discursos, o que acontece na mente etc. Acho que qd se fala que a pessoa/vítima é inteligente portanto se espera que ela não caia em cilada, esquecemos o quanto as emoções podem nos dominar. Um trauma, uma ausência, uma dor... tanta coisa pode nos levar ao buraco. E também, claro, o tempo e dinheiro da classe dominante contribuem. Outra coisa que lembrei... Quando surgiu as últimas tretas sobre nazismo em escolas particulares paulistanas, pensei: não estão incentivando inteligência, deve ser só estimulo para passar em provas. Que inteligência é essa afinal? A própria vítima do Ateliê assume que antes de tudo era "alienada" e mal entendia sobre abusos.
Luci, que edição fenomenal. Também adoro o Sounds Like a Cult, amo essa reflexão de todas as nossas crenças não questionadas. E sinto muito pelo Igor, doloroso demais. Um abraço em você, amiga ❤️
brigadaaa, carol. muito obrigada pela leitura e pelo abraço <3
eu comecei a escutar recentemente o sounds like a cult e fiquei bem impressionada pelos temas escolhidos e pelas boas conversas lá - ainda não escutei muitos, mas já é suficiente pra eu querer ler o livro cultish. ai, eu na seita das seitas aqui ahahahaha
beijossss
Sinto muito pelo dog. 😭
Acho que o que leva pessoas a serem capturadas por seitas tem alguns fatores de complexidade. Me chama muito atenção a característica majoritariamente branca de quase todas essas seitas que vc citou. Sinto que é algo a ser estudado, observado com cautela. Tô ouvindo o Podcast e o sentimento de eat the rich é muito forte, ainda com compaixão pelas violências sofridas... É papo pra mais de metro, me interesso bastante pelo fator psicológico da coisa, mas tbm acho importante localizar cada história no seu espaço tempo...
brigadaaa, paula querida! <3
acho que você tocou num ponto essencial, essencial, que é o recorte de cor da pele e classe, assim como de espaço-tempo. afinal, é preciso aparentemente ter tempo e dinheiro para entrar em uma seita real, -largar tudo- pra fazer aula de arte. meu mixed feeling é imenso quando vou escutando o podcast, mas fico naquele esforço de não acabar transformando o algoz em herói, porque no limite acabamos nessa sinuca, além do aspecto da compaixão que você comentou. coisa que não sinto, por exemplo, em relação a bolsonaristas - zero consideração por aquela gente, que sejam vacinados e durmam naquele colchãozinho pavoroso no presidio pelos próximos anos.
posso falar horas sobre ahaha
beijosss
Tenho verdadeiro pânico de seita e tudo que remeta a elas. E me assusta ver como, em proporções diferentes, claro, TUDO hoje pode virar e muitas vezes vira mesmo uma seita. Edição maravilhosa!
ai, ale, nem me fale. vejo esses movimentos proliferando e suponho que o tiktok consiga potencializar ainda mais (lembrando por exemplo da mulher da casa abandonada, dos livros que esgotam em segundos quando sobem com alguma hashtag e outras emoções intensificadas por lá). vendo como está hoje o brasil, confesso uma aflição em não enxergar soluções ou uma consciência coletiva para combater o que é destrutivo.
brigada demais pela leitura e pelo comentário! beijoss
o pacto do autoengano deve ser dos mais perigosos pra gente enquanto sociedade mesmo. excelente texto!!!
muuuito obrigada pela leitura, van querida! é, eu acabei deixando meio que pro finalzinho essa pequena reflexão - quem sabe eu retome em outra edição - mas acho que esse pacto do autoengano é super co-responsável por muitas dessas experiências e tragédias ligadas a cultos em geral. beijossss <3
Artigo excelente, de verdade. Acho que a vontade de pertencimento é grande demais, e, dada essa oportunidade, a pelo permanecimento também cresce. Tem essa ilusão de ser entendido, acolhido, encontrar pessoas ~iguais~ a você. E, como agora você faz parte de um grupo, naturalmente precisa alimentar e proteger o grupo contra os ~outros~ que não entendem de verdade.
A maioria dessas seitas parecem enaltecer o que há de pior nas pessoas, o que faz voltar à realidade algo muito mais difícil.
muito obrigada pela leitura! concordo demais, inclusive essa parte de enaltecer o pior. vemos que muitas pessoas acabam compactuando e reproduzindo a violência que recebem, passando de seguidores a cúmplices. é um processo tão perverso quanto fascinante, a criação desse sistema. a isca que fez as pessoas entrarem não sustenta aquela permanencia e o engajamento, e a ilusão precisa se desdobrar de diversas formas bem concretas para manter esses cultos vivos.
beijosss e agradeço super seu comentario <3
Oi, Paula. Obrigada por esta edição maravilhosa... Olha, eu vivi durante dois anos e meio num ashram e foi muito interessante estar do outro lado: a de ser vista como alguém que largou tudo pra entrar numa seita. Acho que era o nome que davam quando não sabiam direito do que se tratava - meditacão, retiro etc. Do meu lado, nunca senti que estava numa seita... Será que é resultado da falta de perspectiva de quem está dentro? Me fez pensar. E adoro a sua abordagem de olhar pra este fenômeno do domingo passado a partir da lógica de seita. Mas enfim: também sou obcecada por este tema - você tem mais indicações pra gente? Um beijo e obrigada de novo
Gente, passei o texto sem ver que você colocou um monte de indicações com links... Obrigada; morrendo de curiosidade de clicar nessas coisas
oooi, su! eu que agradeço pelo comentário!
tentei ser cautelosa ao escrever sobre alguns temas como seitas porque nem todo grupo é um culto, afinal. evidentemente tem muitas comunidades do bem - até mesmo as newsletters eu considero como uma delas - e que trazem apoio, amizade, pertencimento. mas acho que a questão da perspectiva é importante para cada um entender até onde a coisa vai, né. e uma coisa que as seitas parece fazer é exatamente remover as perspectivas e os referenciais pra manter o poder.
suuuuper complexo, mulher. no texto eu coloquei alguns links e lembrei agora de um livro que tb me interessou e peguei pra ler, vamos ver se é bom: https://www.amazon.com.br/As-garotas-Emma-Cline/dp/8551001353
beijos! <3
Oi. Lamento pelo seu doguinho, é uma pena mesmo eles ficarem tão pouco tempo conosco. Um abraço e Paz!
muuuito obrigada, querido. é uma pena e praticamente uma injustiça esse pouco tempo. sei que eles são pra sempre =)
Sensacional, Sarah! Eu tô há muito tempo numa seita chamada capitalismo, tem muita coisa que parece estranha, controversa, tortura, exploração, tá estranho, mas.... é, vou continuar.
Kkkk brincadeiras anparts, me lembrou muito o filme whiplash e a cultura que o mundo das artes é da criação em geral tem de que desenvolvimento vem do sofrimento. Sou arquiteta e muita coisa me bateu ali. Curiosíssima pros próximos episódios.
kkkkk lu! capitalismo é a GRANDE seita do mundo, maravilhosaaaa. a gente é muito sequestrado por ele e não enxerga outra vida, é muito bingo.
ótima lembrança mesmo, o filme. acho que tem várias áreas, dos esportes ou da dança, passando pela culinária e até o marketing e a cultura de coach, que elevam o sofrimento (muitos grupos trabalham até uma visão torta de estoicismo) como crescimento e algo necessário para dignificar as coisas.
estou tb curiosa pelos próximos eps, ainda que eu tenha certas ressalvas sobre a edição e os personagens hehe
O Freud tem um conceito de identidade - que é aquilo que a gente passa na adolescência de assumir um identidade de outro, tipo curtir uma banda e virar emo, punk, etc. E em detrimento de si mesmo vc toma para si um sistema de mundo que é diferente do seu. É isso que a gente vê nos bolsonaristas, não por acaso eles parecem fãs de banda pop adolescente fanáticos. Acontece que um dia a ficha cai e quando isso acontece pode ser doloroso.
brigada pelo comentário, sa! pois é, eu fico muito ali na linha tênue para não -criminalizar- todos os grupos que se organizam, porque obvio que nem tudo é seita. mas sim, alguns fanatismos, como por times de futebol e o próprio bolsonarismo, causam violência e isso pode ser o limite. porém tenho observado pequenos comportamentos de seita em áreas meio inesperadas pra mim, o que me intriga e é algo que certamente o tiktok vai potencializar em outro nível.
beijosss
Meus sentimentos pelo Igor. Um abraço forte em você ❤️
Olá, minha xará! Chegando aqui agora e já vou pegar meu banquinho para ficar. Leitura deliciosa e temas que rendem pano para a manga. Parabéns e sucesso!
Sinto muito pelo cachorro <3.
Belissima edição. Sou super curiosa com isso também, com como as pessoas acreditam em certos discursos, o que acontece na mente etc. Acho que qd se fala que a pessoa/vítima é inteligente portanto se espera que ela não caia em cilada, esquecemos o quanto as emoções podem nos dominar. Um trauma, uma ausência, uma dor... tanta coisa pode nos levar ao buraco. E também, claro, o tempo e dinheiro da classe dominante contribuem. Outra coisa que lembrei... Quando surgiu as últimas tretas sobre nazismo em escolas particulares paulistanas, pensei: não estão incentivando inteligência, deve ser só estimulo para passar em provas. Que inteligência é essa afinal? A própria vítima do Ateliê assume que antes de tudo era "alienada" e mal entendia sobre abusos.
Ai ai textão! haha
sensacional essa edição da newsletter!!
E sinto muito pelo seu cachorrinho :( eles realmente preenchem nossa vida, é um processo lidar com o vazio que deixam.